22.11.09

chega de blogues em que eu sou eu e tu és tu. preferia quando escrevia e ninguém sabia que era eu. não posso dizer a merda que sinto e correr o risco de saberes. um dia, poderão ter a sorte de me encontrar, por ai, outra vez. mas por agora sinto muito. adeus.


21.11.09

é bom amar-te. é bom sentir-te em mim a cada batida do meu coração. é bom agradecer-te o facto de me fazeres feliz e de ser feliz contigo. é bom continuares a fazer parte da minha vida. mesmo que não mereça. até que nenhum de nós mereça.
hoje foi bom amar-te. como quando a felicidade eterna nos havia sido prometida. hoje foi bom tudo isto.

20.11.09

gosto de ti cada dia mais. e hoje acho que já é amanhã.

19.11.09

'tu, foste como um dia de folga entre dois compromissos adiados.e é a lembrança dessa felicidade que me ilumina as palavras.não digo que te amei por ter possuído o teu corpo, mas sim por ter roçado a tua alma.se pudesse estar apenas perto de ti, a ouvir a tua voz,a demorar o meu olhar sobre o teu, ter-te-ia amado na mesma..fiquei preso no que está para lá do visível; enredado entre as folhas da tua verdadeira essência.não sei se ainda és aquela que encontrei. mas, naquela tarde,sozinhos entre as paredes frescas da casa, foste, definitivamente tudo.'
excerto do livro "segura-te ao meu peito em chamas" _ Possidónio Cachapa

18.11.09

por mais anos que passem, não há nada que se compare àquele momento extraordinário e irrepetível em que tocamos pela primeira vez a mão de alguém por quem nos sentimos atraídos.
'O amor está sempre depois do sexo. Todo o antes é duvidoso. Os suores e a respiração ofegante que antecipa o acto são por vezes confundidos com o acto de amar. É um "amo-te... mas quero-te nú", "amo-te... mas quero percorrer todo o teu corpo com as mãos". É um amo-te permissivo. Enquanto o pronunciamos é tesão o que saí pela boca, não amor. Os beijos deixam de ser carinhos e passam a ser desejos. E é-nos dada a possibilidade de possuir qualquer parte do corpo alheio com uma única palavra. É feito sexo com a desculpa do amor. No fim, depois dos corpos exaustos, se houver espaço para um último toque, para um último beijo, se houver vontade para um olhar é o amor a falar: "Amo-te".'

Daqui.


16.11.09

"- sabes, quando alguém se afasta, é porque não gosta de nós na quantidade certa: ou gosta de mais, ou gosta de menos, disse-me ele, assim do nada, como que a ler os meus pensamentos que dançavam longe dali.
- e como é que sei se é de mais ou de menos?
- não sabes. nem interessa. a quantidade não está certa, é tudo o que precisas de saber."
- o que é?
- estou a pensar que ainda te amo.
- a sério? apesar de?
- apesar de.


Philip Roth, Traições

15.11.09

quando me pedem para falar de mim, quase sempre chega uma parte em que digo que gosto de mãos. gosto de mãos porque te conheci a ti. e é das tuas mãos que falo. sempre. é sobre ti que volto, agora, a falar. e faz-me tão bem! as tuas mãos serão sempre as mãos de um rei. e por mais mãos que eu toque, que eu tente conhecer, são as tuas mãos que eu procuro em todas elas.
começa assim, aqui, um novo blogue, um novo capítulo da minha vida, em que falarei de mãos, das tuas mãos. porque é lá que me terás sempre. eu sei que sabes que sempre me tiveste - nas tuas mãos.

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